O Véu do Medo - Samia Shariff

    


Frase favorita: " Dantes, julgava ter tudo quando não tinha nada; hoje, não tenho nada, mas afinal, tenho tudo, pois gozo liberdade."- Samia Shariff


Sinopse:

Samia Shariff nasceu em França no seio de uma família argelina rica até ao dia que decidem regressar à Argélia.
Samia nascera numa realidade diferente comparada com a Argélia, em França havia liberdade, igualdade e fraternidade, o que não havia na terra dos seus pais pois eles é que são os culpados de toda a família retornar...
Quando todos foram para a Argélia, Samia seria obrigada a abandonar a escola e a aprender a viver como uma boa muçulmana. Por ela ser mulher implica que seja maltratada quando contaria o pai pois uma mulher é considerada a escrava e o homem, o total responsável por ela.
Samia sofreu multiplas agressões por parte dos pais, o pai afirmava que ela era uma má filha e a mãe dizia que ela nunca devia ter nascido porque é mulher.
O fanatismo religioso é o que movimenta aquela familia e Samia não compreendia porque eles tomavam tais atos. Depois de muitas complicações, o pai " descarta-a" e casa-a com um homem que não conhecia e ela só tinha 16 anos, o pai afirmou que a precisava de casar porque não queria ter mais responsabilidade sobre ela pois ele pensa que poderia desonrar a familia.
Quando Samia casou, a vida não melhorou, ela sofreu multiplas agressões e violações, ela tinha medo do marido que a ameaçava constantemente. Ela engravidou pela primeira vez de um rapaz e este foi "raptado" pela própria avó ou seja a mãe da Samia. Volta a engravidar e depois outra vez, tudo de raparigas. Samia não amava o seu marido e ele não a amava por isso ela pediu o divórcio, algo censurável na Argélia porque só o homem é que pode pedir no final ela consegui o que pretendia.
Ela volta a casar e os problemas continuam e as ameaças também até que decide mudar o seu destino de mulher muçulmana.


Opinião:

Um dos melhores livros que já li!

Eu sou uma mulher ocidental ou seja tenho uma perspectiva diferente do que é ser mulher noutros lugares do mundo e eu não conhecia esta horrível realidade que com o livro tomei conhecimento.
Sei que muitas jovens se tentam suicidar porque os seus namorados não lhes prestam atenção, outras choram porque os seus pais não lhes oferecem Samsung ou IPhone, ou sofrem porque decidem ser infantis...
O que posso dizer em relação a isto é, acordem porque vivem num mundo surreal até mesmo irrealista, só se preocupam com elas próprias e com o agora.
Samia só pedia uma coisa, liberdade, e ela não a tinha, era constante mente infeliz, ela pedia segurança e stop aos maus tratos mas a religião moldou as mentes dos Homens.
Será que vale a pena sofrer ou até mesmo morrer por causa do fanatismo religioso?

É um otimo livro, leiam e vejam o mundo escrito em folhas de papel.



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